Oficina polivalente de projetos profissionais (OP3)

1. Introdução/ Enquadramento

A Associação Arco Maior tem como objetivo “servir de apoio à reintegração escolar e social dos jovens, com uma evidente marca escolar, mas devidamente renovada, flexível, personalizada e inovadora”. Para propiciar este carácter inovador e o foco na visão personalizada de cada aluno foi criada a Oficina Polivalente de Projetos Profissionais (OP3), com uma perspetiva de dotar os jovens da aquisição de um variado conjunto de conhecimentos práticos, que lhe permitam disporem de uma mais-valia no competitivo mercado de trabalho.

A OP3 decorre nas instalações da Escola Secundária do Infante Dom Henrique, na sala 52, antiga oficina de Construção Civil, entre as nove horas e trinta minutos e as doze horas, no período da manhã, e as catorze horas e as dezasseis e trinta minutos, no período da tarde.

As instalações foram alvo de uma grande intervenção, que permitiu retirar o telhado em fibrocimento, substituir o painel em vidro, renovar as paredes e o chão da oficina. O espaço é composto por uma grande área ampla ao nível do rés-do-chão, uma área fechada no rés-do-chão e uma área no primeiro andar, por cima da área fechada da oficina.

Nestes espaços funcionarão as diversas oficinas previstas, de acordo com a disponibilidade das instituições parceiras e o interesse dos alunos, nomeadamente mecânica automóvel, pintura de construção civil, eletricidade, cabeleireira e estética, têxtil e vestuário, carpintaria e restauro, fotografia e multimédia, artes e artesanato, gráfica e cozinha e pastelaria (em espaço próprio)

A Associação Arco Maior irá efetuar parcerias com diversas instituições que irão disponibilizar os formadores e o material necessário para o desenvolvimento das oficinas. Neste momento, existe interesse da Salvador Caetano, no âmbito da mecânica automóvel, das Tintas Barbot, para a pintura de construção civil, do IEFP na Cabeleireira e Estética, da Modatex no têxtil e vestuário.

2. Metodologia

As oficinas pretendem dotar os alunos de uma série de competências que lhes permita encarar o mercado de trabalho com um maior número de ferramentas. Para isso, sempre que possível, as horas destas oficinas serão estruturadas em Unidades de Formação Modulares Certificadas (UFCD), que possam ser posteriormente certificadas e que possam ser colocadas no Passaporte Qualifica e no curriculum vitae dos jovens.

O coordenador das OP3 é responsável por dinamizar, com os parceiros, uma série de workshops, nos diversos polos, para mobilizar e motivar os alunos para a frequências das várias oficinas. É ainda responsável por contactar todos os alunos do Arco Maior, para lhes apresentar o modelo das OP3, as opções disponíveis e averiguar da sua recetividade e do seu interesse em participar das oficinas.

A selecção/distribuição dos jovens para cada uma das oficinas é responsabilidade do coordenador das OP3, em sintonia com os restantes coordenadores e, em articulação com os diferentes projetos multidisciplinares e individuais, bem como com o limite definido pelos formadores das entidades parceiras.

No início do ano letivo é possibilitado a cada aluno a deslocação ao local de realização das oficinas, acompanhados por um dos coordenadores do seu polo ou pela Técnica de Intervenção Local (TIL) e pelo coordenador das OP3, para dar a conhecer in loco as instalações e as potencialidades de cada oficina.

Para melhorar os contactos entre o coordenador das OP3 e os coordenadores de cada polo, deve ser utilizada uma plataforma eletrónica (Teams, Google Classroom) que permita a comunicação em tempo útil, entre estes intervenientes, sendo possível acompanhar o evoluir do desempenho de cada aluno e colmatar os possíveis problemas que apareçam pelo caminho.

O trabalho efetuado nas oficinas deve ser articulado, entre o coordenador das OP3 3, os coordenadores e/ou equipas pedagógicas de cada Arco, para ser inserido nos projetos multidisciplinares e/ou individuais. Com vista a este propósito, no início de cada ano letivo, o coordenador das OP3 está presente em reuniões das equipas pedagógicas e, ao longo do ano, tem um contacto sempre próximo com cada polo, com vista a definir e reformular os projetos e os trabalhos/oficinas desenvolvidos por cada jovem.

Os alunos podem alternar, de entre as várias oficinas disponíveis, podendo permanecer por um tempo variável em cada uma, sempre se salientando o facto de que, caso pretendam a certificação das UFCD terem que cumprir os tempos legalmente definidos para as mesmas. A seleção das UFCD previstas para cada oficina deverá ser formulada pelo coordenador da OP3, com o aval dos coordenadores de polos e, articulada com os formadores das diversas oficinas.

A equipa pedagógica de cada polo, aquando do desenvolvimento do projeto, terá de decidir quais os conteúdos que poderão ser mobilizados nas aprendizagens das oficinas, de forma a poder ser refletido na avaliação do aluno.

A avaliação dos alunos deve ser efetuada, tendo em conta os objetivos dos projetos em que os alunos se encontram a participar no momento e a sua prestação, valorizando as competências transversais adquiridas, tais como a assiduidade, interesse, empenho, cumprimento das regras definidas, …. A informação será prestada pelos formadores ao coordenador das OP3, que as fará chegar à equipa pedagógica de cada polo.

O número de elementos em cada momento, nas várias oficinas será alvo de consenso entre as disponibilidades físicas dos espaços, a indicação dos formadores e a afluência (maior ou menor) prevista para cada uma.

No final do ano letivo deverá ser efetuado um “Dia Aberto” para os alunos das diferentes oficinas poderem apresentar a sua experiência e trabalhos desenvolvidos aos outros alunos.

3 – Funcionamento das oficinas

As oficinas decorrerão, de forma presencial, no espaço disponibilizado para o efeito pelo Ministério da Educação, na Escola Secundária do Infante Dom Henrique.

A elas terão acesso todos os alunos da Associação Arco Maior, quer os que frequentam os PIEF, dos polos 2, 3 e 4, quer os que se encontram a frequentar o EFA do polo 1.

As atividades das oficinas decorrerão em dois turnos. Um de manhã, entre as nove e trinta e doze horas e outro de tarde, entre as catorze e as dezasseis e trinta.